Todo o mundo tem vergonha.
Da roupa que usa, de sua barriga, do carro sujo, da pessoa mal-amanhada que lhe acompanha a um evento elegante mas vai toda mal-amanhada...
Natural ter vergonha de algumas dessas coisas, embora na maioria das vezes seja mais bobagem de quem sente vergonha do que realmente um caso embaraçante.
Mas de uns tempos pra cá tenho notado uma coisa que me tem deixado com a pulga cada vez mais atrás da orelha: Gente com vergonha de si mesmo. Com vergonha de quem é, de sua principal essência, de seu conteúdo, do coração de tudo o que mais lhe define: gente com vergonha de sua família.
Ora, o que é a família? É a união de pessoas que compartilham um ancestral em comum. Na nossa cultura ocidental, de tradição patriarcal, a família se estende através do homem. Isso vem desde tempos primitivos, onde as mulheres eram "caçadas" no mato, sendo capturadas a outros grupos e trazidas para o do novo marido, passando pelo costume de se "comprar" uma esposa (quem nunca ouviu falar de dote ser dado ou recebido?), mas sempre lembrando-se que a mulher é quem vai para a família do marido, sendo a dela descartada.
Aí vemos hoje em dia pessoas que arrenegam o seu nome. Que usam o nome de solteira da mãe (ou às vezes ainda pior, da avó) apenas por que não é "bonito". Gente que, embora seja Silva (por exemplo), vai usar o "Miüsov" da bisavó, apenas por que "soa estrangeiro".
Honestamente, cansei dessa gente.
Cansei de quem tem vergonha de si mesmo. Vou deixá-los ir embora.
quinta-feira, 19 de março de 2015
Assinar:
Postagens (Atom)