quinta-feira, 26 de junho de 2008

As calçadas de Vitória

Todo o mundo sabe que eu sou completamente a favor do empreendedorismo e da informalidade, mas mesmo a informalidade precisa ter alguns limites, alguma organização.

Informalidade no sentido de menos impostos pagos e melhor remuneração para o empreendedor e seus empregados é o ideal, mas até as barracas de camelô têm que respeitar alguma regra.

Têm que respeitar os seus clientes.

Se não vira bagunça, atentado contra o outro.

E é isto o que está acontecendo em Vitória de Santo Antão, a completa falta de respeito, a maior desorganização urbana possível. Não sou eu quem vou dizer como se deve administrar uma cidade, nem vou alegar que Vitória seja a única cidade com problemas urbanos do mundo, apenas utilizá-la-ei como exemplo por ter que andar (e procurar sobreviver) quase todos os dias em suas ruas.

O senhor, meu único leitor, notou que eu disse andar em suas ruas? Isso mesmo. Em Vitória anda-se pelas ruas, já que as calçadas do centro da cidade estão totalmente tomadas por vendedores ambulantes, que espalham suas mercadorias, seus tabuleiros e seu lixo pelas calçadas. Outro dia até reparei bem e vi que há tabuleiros de ambulantes feitos sob medida para ocupar a totalidade da calçada. Isto só deixa ao transeunte a alternativa de andar pela rua, em meio ao lixo, aos mototáxis e aos carros.

Mas, argumentará o senhor, a prefeitura não faz nada para remediar essa situação? Não procura remover e/ou disciplinar os ambulantes? A resposta é NÃO! A prefeitura não apenas não procura remover os ambulantes da rua como tambem estimula tal prática, ao edificar bares e quiosques nas praças a serem alugados a tais comerciantes. Ora, se a Prefeitura estimula o uso de praças como feiras livres, por que não se poderá usar as ruas tambem?

O que sei é que ninguem sabe mais onde se vai parar. Certos trechos da avenida principal da cidade, de duas faixas para veículos já estão com apenas uma, pois a outra foi tomada pelos ambulantes (ou seria melhor dizer fixos?) que sobraram das calçadas sobrelotadas e pelos pedestres. Daqui a pouco o trânsito de veículos será impedido naquele mercado ao ar livre.

E aí, como será?

Será que o senhor poderá me responder?